A bíblia nos ensina nessa parábola que Deus pode compreender nossas falhas, erros e fraquezas, mas nunca pode suportar quem se nega a praticar o perdão. Aliás, não perdoar é cometer injustiça consigo mesmo, pois todos cometemos erros. O coração perdoador sempre encontrará saída para se redimir diante de Deus e dos homens, mas o inflexível jamais será salvo!
O perdão é uma ação unilateral, ou seja, tem de partir da pessoa ofendida, ainda que o ofensor não tenha tomado qualquer atitude no sentido de receber o perdão. Consideremos o procedimento do Senhor Jesus, já pregado na cruz, quando disse, referindo-Se aos Seus próprios adversários e assassinos, que d’Ele escarneciam: “... Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem...” (Lucas 23.34). Ele não só orou por eles como também os defendeu diante do Pai! Um caráter assim se encontra apenas naqueles que têm as suas emoções controladas totalmente pelo Espírito Santo.
Quando o perdão não acontece por parte da pessoa ofendida, ela é sempre mais prejudicada que aquela que a ofendeu. Quando cultivamos um ressentimento, mágoa ou ódio de alguém, permitimos que a semente do mal brote dentro de nós e, quanto mais tempo a deixarmos intacta, mais difícil será arranca-la. Essa semente do mal vai brotar e criar em si uma barreira intransponível, capaz de impedi-la de se aproximar de Deus.
Procure levar em consideração o motivo do ofensor, colocando-se no lugar dele, e certamente o Espírito Santo fará a Sua parte na retirada daquela ira. Tudo isso é muito difícil de colocar em prática, quando a pessoa não está realmente interessada em viver o cristianismo e pautar a sua vida pelos padrões bíblicos. Quando, entretanto, deseja sinceramente andar nas pegadas do Senhor Jesus, então nada nem ninguém poderão impedi-la.
Se almejamos o perdão maior de Deus, devemos perdoar os pequeníssimos erros que os outros cometem contra nós. Por maior que seja a falta cometida por alguém contra nós, será sempre considerada mínima diante das falhas que cometemos contra Deus.
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