Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas. Jeremias 2:13
Num desabafo de Deus, Ele revela que o Seu povo havia cometido 2 erros:
O primeiro erro foi deixar a Deus que se apresenta como o Manancial de Águas- Vivas. A água era a base para tudo na altura em que o povo não tinha água encanada. Por essa razão, os povos se instalavam junto aos mananciais de águas pois dependiam dela para a terra, para os animais, para si, e etc. Os inimigos também sabiam disso e por isso se instalavam junto as fontes para impedir o acesso a elas como no caso dos dias de Gideão. É por isso que vemos muitas passagens bíblicas como a de Jacó, da mulher samaritana que falam de pessoas que iam ao poço. Então Deus usou algo tão comum para o povo daquela altura para exemplificar, para mostrar que assim como ninguém em são consciência se estabeleceria longe de alguma fonte de água, o Seu povo jamais deveria cometer a loucura de se afastar Dele, que era a fonte de tudo que eles precisavam. Assim como quanto mais longe eles tivessem de uma fonte de água, mais risco de vida eles corriam, assim também quanto mais próximos de Deus, mais seguros eles estariam! Deus quer ser o nosso meio de sobrevivência, fonte de vida, força, direção, e etc.
O segundo erro é que além de O deixarem, arranjaram uma substituição, ou seja, cavaram cisternas. Naquela altura, a pessoa que dependia do manancial normalmente ela tinha que ir diariamente no manancial, fosse para beber, ou para trazer água para si ou para a sua família, e isso obviamente mexia um pouco com a zona de conforto. Já quem cavava uma cisterna normalmente fazia isso no quintal de casa.
Mas diferente da fonte, ele não precisava ir tão longe.
Diferente da fonte, ele não precisava carregar a água.
Viver da fonte, do manancial exigia um sacrifício diário, um esforço constante para ter a água pura que manava daqueles mananciais! Hoje em dia não é diferente! Os cristãos no passado até morriam, mas não deixavam de servir a Deus, dedicavam suas vidas totalmente vivendo em obediência a Deus, mesmo quando o que Deus pedia era o oposto que seus corações queriam fazer como foi o caso de Abraão quando foi provado por Deus ao oferecer o seu próprio filho.
Muitas pessoas deixaram o sacrifício de buscar a Deus para encontrarem cisternas rotas, nas filosofias, e até em igrejas que estão mais interessadas em atrair fieis do que salvar almas! Hoje em dia, existem igrejas para surfistas, igrejas para homossexuais, igrejas para todos os gostos! E as pessoas andam de igreja em igreja procurando não um lugar que se pregue a verdade, mas que pregue o que ela quer ouvir. Muitos pastores até evitam falar de dízimos e ofertas, para não perder fiéis!
Mas viver de cisternas também significa viver de um reservatório, do que já aprendeu, do que acha que já sabe, e etc. Quantas vezes, eu já vi muitas pessoas dizerem: Eu não tenho ido a igreja, mas não me afastei de Jesus! Outras que faziam correntes, eram fervorosas, dedicadas, e hoje vem um domingo sim outros não e etc.
Uma coisa muito importante que também temos de observar, é que Deus afirma que aquelas cisternas eram “rotas”. Ou seja: Elas nem tinham a capacidade de reter as águas! Ou seja, Deus está dizendo: O que vocês pensam que vai te saciar, na verdade já está se perdendo! Muitos estão vivendo de estoque. E quando eu falo de estoque, não estou me referindo a aqueles que depois de participar de uma reunião, ou vigília ficam muito tempo sem participar de outra reunião, mas estou me referindo aqueles que estão vivendo de experiências do passado, testemunhos do passado, sacrifícios do passado e etc.! E a grande diferença da água do manancial e da água da cisterna está justamente aí! A qualidade da água da cisterna, parada, armazenada, não chega nem perto da qualidade da água do manancial que está sempre a jorrar, sempre nova!
“Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.” Romanos 6:4
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