A síndrome do pato

Estavam reunidos na floresta, um pássaro, um peixe, um coelho e um pato. Conversavam sobre suas habilidades e modos de lidarem com as adversidades da vida.
Sobre a possível aproximação de um caçador, disse o pássaro:
– Ah, se um caçador aparecer eu saio voando como um foguete, com toda minha força e energia…
O peixe, por sua vez comentou sobre o assunto:
– Se aparecer um caçador, eu nado como nunca, com toda minha destreza e velocidade…
O coelho, ponderou:
– No meu caso, se um caçador aparecer “pernas prá que te quero”, corro como uma bala…
Demonstrando um certo ar de superioridade, devido a aparente limitação de seus companheiros, o pato deu um passo à frente e declarou:
– Se vier um caçador, eu não terei problemas em me safar, pois além de voar, sei nadar e correr. Farei qualquer uma dessas coisas, pois tenho várias habilidades, usarei a que for mais conveniente.
A conversa seguia seu rumo, quando de repente surgiu um caçador na floresta. Sem demoras o pássaro alçou voo para bem longe, o peixe nadou rapidamente para o fundo do rio e o coelho saiu em disparada.
O pato, porém, foi apanhado. Pois com tantas habilidades, não conseguiu ser bom em nenhuma delas ao ponto de fugir e “salvar a sua pele!”
"Juntaram-se a ele uns homens vadios e malignos, que desafiaram Roboão, filho de Salomão. Como Roboão era ainda jovem e indeciso, não lhes pôde resistir." 2 Crônicas 13:7